17 de julho de 2011

À Deriva


A solidão é minha companheira neste instante. Desatinada ouço as fortes batidas do meu coração que permanece preso as lembranças. Silencia os queixumes, é uma saudade solitária; um tormento, um lamento pelas palavras que ficaram por dizer transformadas agora num terrível murmúrio seco, indizível.

Deixo-me sangrar, pois fizeste de mim terra sem prumo, trouxeste o som que transmuda em silêncio as melodias da saudade, um silêncio ensurdecedor.
Vou permitir que as canções voltem a invadir esta alma cansada, que viagem por minhas ondas sonoras contando outras histórias. Assim, descuidando da felicidade, pois ela...sei que virá!

Imagem by: umsonhode.blogspot.com

1 de julho de 2011

Renúncias


Quando renunciamos aos nossos sonhos  parece que a vida pára e nada consegue se mover em sentido contínuo. Pois, havia um caminho trilhado onde ali sonhos foram depositados.

Olho para o hoje e não me vejo... o que tenho agora é um caminho incerto a trilhar. Fiz das minhas certezas as minhas dúvidas e deixei no mar a dor da tristeza de não mais poder estar aqui.
Não quero me tornar um ser ácido, pois sei,  mesmo sem pisar na areia posso ver o mar. A solidão pode até ser minha companheira, ainda assim, manterei a essência do meu verdadeiro eu.
Aprendi que não basta só renunciar, precisa desapegar. A renúncia está de verdade na mudança de atitude em relação a tudo. 



Imagem by: http://patriciameirelles.blogspot.com